domingo, 10 de junho de 2012

JOGOS


Jogo do "pelo cano"

Objetivos 
- Criar estratégias de jogo. 
- Arremessar a bola com precisão. 
- Conhecer as potencialidades e limitações de cada participante. 
- Cooperar com os colegas para a solução de conflitos e desafios. 

Conteúdos
- Jogo com bola. 
- Desenvolvimento das habilidades motoras de manipulação. 

Anos 
4º e 5º. 

Tempo estimado 
8 a 12 aulas. 

Material necessário 
Bolas de tênis, caixas de papelão e giz. 

Flexibilização
Fazer com que o aluno com deficiência intelectual compreenda regras, mesmo que simples, pode ser uma tarefa difícil. Repita a atividade várias vezes antes de mudar as regras para que ele aprenda qual a lógica do jogo. Respeitando as limitações desse aluno, proponha novas regras - de preferência, associadas a situações que sejam facilmente perceptíveis por ele. O trabalho em equipe e a ajuda dos colegas são muito importantes. Amplie o tempo de realização da atividade e antecipe as etapas do jogo para a criança. Caso o aluno tenha comprometimentos motores que dificultem ainda mais a participação no jogo, sugira que ele seja uma espécie de "juiz". Crianças com deficiência intelectual costumam ter boa capacidade de memorização, especialmente diante da repetição. 

Desenvolvimento 
1ª etapa
Proponha que os alunos pratiquem o jogo do "pelo cano". Explique as regras: são dois times com três a cinco jogadores em cada equipe dispostos em um espaço do tamanho de um quarto de quadra. Espalhe três caixas de papelão sem tampa e sem fundo. Ganha ponto quem fizer a bola entrar por um lado e sair pelo outro. O jogador que estiver com a bola não pode andar. Enquanto estiver com ela, deve batê-la ao menos uma vez no chão e realizar no mínimo um passe antes de arremessá-la na caixa. Depois que houver um lançamento à caixa, a posse da bola fica com o outro time. 

2ª etapa
Apresente uma nova regra que diversifica o espaço do jogo: retire as caixas de papelão e explique que marcam pontos os times que conseguirem completar cinco passes sem perder a bola. A intenção é que os alunos busquem boas posições para recebê-la ou tentem retirá-la do adversário.  

3ª etapa
Dessa vez, a mudança da regra interfere nos recursos. Utilize caixasde diferentes tamanhos e diga que quem fizer a bola entrar por um lado e sair por outro marcará ponto. A pontuação varia conforme o tamanho da caixa - as maiores valem menos que as menores. Cada equipe vai traçar uma estratégia, levando em conta a relação entre a dificuldade da jogada e a pontuação que pode obter.  

4ª etapa
Para que a turma melhore o passe, apresente uma nova regra: a bola não pode cair no chão durante os arremessos. Quem errar perde a posse da bola. Dessa forma, os alunos ficam atentos à força e à precisão do lance. 

5ª etapa
Após algumas aulas, altere os times. Essa diversificação de pessoas faz com que os alunos percebam melhor as limitações e potencialidades de cada um. Além disso, eles criam estratégias quando encontram dificuldades.

6ª etapa
Em outra aula, marque o tempo máximo de permanência de cada equipe com a bola. Os jogadores continuam dependendo das estratégias e habilidades anteriores, mas precisam ser rápidos. A variação, nesse caso, é de tempo.

Avaliação
Ao fim de cada aula, questione os estudantes relacionando as perguntas com os objetivos estabelecidos: como deram apoio aos colegas? O que aprenderam sobre a ocupação do espaço? Notaram que os passes melhoraram? Que estratégias adotaram? Faça fichas de observação individuais em cada etapa, relatando os acertos, as dificuldades e o comportamento dos alunos.





Consultoria: Mauro Henrique André
Doutorando em Educação Física pela Universidade de Auburn, nos Estados Unidos.
http://revistaescola.abril.com.br

sábado, 9 de junho de 2012

BULLING


BULLING: humilhar, intimidar, ofender, agredir.... 
 

Gozação, agressão, ofensa e humilhação... O que para muitos era “normal”, coisa de criança e de adolescente é, na verdade, bullying - palavra em inglês que é usada com o sentido de zoar, gozar, tiranizar, ameaçar, intimidar, humilhar, isolar, perseguir, ignorar, ofender, bater, ferir, discriminar e colocar apelidos maldosos.

A gravidade é que esse padrão de comportamento está longe de ser inocente. Trata-se, na verdade, de um distúrbio que se caracteriza por agressões físicas e morais repetitivas, levando a vítima ao isolamento, à queda do rendimento escolar, a alterações emocionais e à depressão.

Segundo a pesquisa realizada pelo Ibope, encomendada pela Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência (Abrapia), organização não-governamental, dos 5.482 alunos de 5ª a 8ª série de 11 escolas públicas e particulares do Rio de Janeiro que foram ouvidos na pesquisa, mais de 40,5% admitem ter praticado ou ter sido vítimas de bullying.
 

Segundo o Diretor-Geral do Maxi, Virgílio Tomasetti Júnior, apesar de não existir uma tradução exata para a palavra bullying, ela seria aproximadamente o mesmo que atenazar ou , no popular, atazanar: “Nenhuma escola pode ignorar tal ocorrência, comumente perceptível em seus domínios. Cabe à escola coibir atitudes agressivas, protegendo tanto os agressores quanto os agredidos. De fato, ambos, agressores e agredidos, apresentam problemas psicológicos que, caso não tratados, podem explodir desastrosamente, como mostra o documentário de Michael Moore, 'Tiros em Columbine', ou então o filme 'Elefante', que trata este tema”.

Tomasetti explica que tudo começa com a escolha do “pele”, que se torna a vítima de um agressor ou de um bando de agressores: “O assédio moral e físico é intenso, deixando a vítima constrangida e assustada. Pesquisas em países como a Austrália mostram que o bullying pode levar a altos níveis de ansiedade, a estresse, à depressão e até mesmo à automutilação. Além disso, é preciso olhar com atenção tanto para a vítima quando para o agressor. Pesquisas mostram que algumas das pessoas praticantes do bullying hoje já foram vítimas no passado”.
 

É HORA DE DENUNCIAR -
 As escolas têm criado um espaço para que os alunos denunciem esse tipo de agressão, de chacota, de ofensa ou de humilhação.

A violência moral já é objeto de preocupação nos países europeus. Na maioria deles, há normas do Ministério da Educação que obrigam a escola a evitar o bullying. Em todo o mundo, especialistas concordam que o papel dos pais, tanto dos agressores quanto dos agredidos, é fundamental para combater a violência moral nas escolas. Eles precisam saber lidar com a situação.

Para Ana Tomás Almeida, da Universidade do Minho, em Portugal, e membro da Conferência Européia de Combate ao Bullying, o fenômeno, antes mal conhecido e muitas vezes menosprezado pelos adultos, como se fosse coisa de criança, não se limita a conflitos ocasionais ou esporádicos entre alunos: “São situações reiteradas que geram mal-estar psicológico e afetam a segurança, o rendimento e a freqüência escolar", conclui.

O primeiro grande passo para pais e educadores é encorajar as vítimas de bullying a denunciar seus agressores. Atualmente, uma das dificuldades para identificar casos de violência moral ou bullying é que a vítima costuma sofrer em silêncio, com medo de represália dos colegas caso conte o que acontece para algum adulto.

Uma pesquisa feita em Portugal com 7.000 estudantes mostrou que aproximadamente um em cada cinco alunos (22%) entre seis (6) e dezesseis (16) anos já foi vítima de violência moral na escola. A pesquisa mostrou também que o local mais comum de ocorrência dos maus-tratos são os pátios de recreio, seguidos dos corredores.

MEDO > DEPRESSÃO > TRISTEZA > SOLIDÃO

As agressões físicas ou morais não podem ser consideradas normais, principalmente quando as vítimas se sentem humilhadas ou desprezadas.

AS PRÁTICAS DE BULLING

Por que o bullying é praticado?
Porque o praticante do bullying quer:

1) Obter força e poder;
2) Conquistar popularidade na escola;
3) Esconder o próprio medo, amedrontando aos demais;
4) Tornar outras pessoas infelizes, já que ele próprio é infeliz;
5) Vitimar outras pessoas por ter sido vítima de alguém no passado.

Que as vítimas devem fazer?

1) Evitar a companhia de quem pratica o bullying ou dos chamados “carrascos”;
2) Jamais falar com o agressor sozinho. É mais seguro falar com ele perto de outras pessoas;
3) Não responder às provocações;
4) Não manter a agressão em segredo. Não se deixar intimidar. Relatar os fatos aos professores, coordenadores, diretores ou responsáveis.

Como o Maxi procede para evitar que alunos pratiquem o bullying?

1) O Maxi possui uma ampla equipe de seguranças e vigias, evitando, dentro e fora do Colégio (em suas mediações), ações de intimidação e de agressão aos alunos;
2) O Maxi não permite que os alunos mais “fortes” intimidem os mais “fracos”. Por isso desenvolveu espaços diferenciados de convivência para cada faixa etária, como é o caso do Maxi Júnior;
3) Os alunos menores possuem seu próprio espaço físico;
4) No Maxi, a queixa do aluno tem poder.
5) No Maxi, a prática do bullying é inibida, pois o Colégio está atento, previne e impede que possíveis agressores manifestem seu poder para com os demais alunos.
Professores C.E.DR FÉLIX MIRANDA 

Visitas

contador gratuito de visitas

Filme: "Rita Não Grita"

MENINA BONITA DO LAÇO DE FITA

SARAU


Projeto: "Sarau Literário"


Sarau Literário – Poesia, teatro e música


JUSTIFICATIVA:

A linguagem é um dos fatores primordiais no processo de aquisição de conhecimentos. Estudar a linguagem ultrapassa a transmissão de conceitos gramaticais, pois a língua se realiza no seu uso, nas práticas sociais nas quais os indivíduos se apropriam dos conteúdos, transformando-os em conhecimento próprio por meio da ação sobre eles. Dessa forma, um ensino efetivo da linguagem significa entre outros aspectos capacitar o aluno a utilizar a língua em diversas situações. Para tanto, é necessário que este conheça e utilize elementos constitutivos da linguagem de forma reflexiva e funcional. Sendo assim, O I LITERART- ( I Sarau Literário da escola M.E.F Carlos Henrique) é uma ação prevista nos projeto comunidade de leitores e no programa PDE — escola, pensada pela equipe de gestores, coordenadores, desenvolvido pelos alunos e professores com o apoio da professora de leitura. O projeto visa resgatar a cultura de, contar e ouvir histórias, recitar poesias, despertar o gosto pela leitura, trazer memórias de brincadeiras antigas, envolver a comunidade escolar interna e externa para ouvir boa leitura, dançar e curtir belas histórias.


LITERART- Literatura e Arte 

O sarau literário é um evento cultural ou musical, realizado, geralmente, em casa particular, onde as pessoas se encontram para se expressarem ou se manifestarem artisticamente. Um sarau pode envolver dança, poesia, leitura de livros, música acústica e também outras formas de arte como pintura e teatro. Evento muito comum no século XIX que vem sendo redescoberto por seu caráter de inovação, descontração e satisfação. Consiste em uma reunião festiva que ocorre à tarde ou no inicio da noite, apresentando concertos musicais, serestas, cantos e apresentações solo, demonstrações, interpretações ou performances artísticas e literárias. Vem ganhando vulto por meio das promoções dos grêmios estudantis e escolas.


OBJETIVO DO PROJETO: 

• Compreender a linguagem como forma de expressão e comunicação;
• Ampliar o repertório lingüístico e literário;
• Oportunizar o uso da linguagem em diversas situações;
• Valorizar e aperfeiçoar a oralidade;
• Aprender a expressar-se num grupo;
• Despertar no aluno o gosto pela leitura;
• Desenvolver no aluno o comportamento leitor.


OBJETIVO ESPECÍFICO:

• Recitar poesias e contar histórias;
• Apresentar peças teatrais com temas trabalhados na sala de aula e sala de leitura;
• Ler histórias literárias;
• Expor os trabalhos realizados em sala de aula (stands).
• Envolver a comunidade externa na execução de músicas;

































SARAU


Projeto: Sarau Literário

Sarau Literário (Ensino Fundamental)

Milton Nascimento: Travessias
O Sarau é uma atividade que tem o objetivo de estimular a leitura de obras contemporâneas e com expressividade significativa no cotidiano. Já lemos Manuel Bandeira, Carlos Drumond de Andrade, Cecília Meireles, Vinícius de Moraes, Mário Quintana, Chico Buarque e Cartola. Para 2009 elegemos Milton Nascimento e sua travessia pela história, da música e da própria sociedade brasileira.
Vamos apresentar um olhar sobre uma extensa obra de arte no campo da música, mas que é atravessado pelos grandes momentos da história de uma vida, de um brasileiro que fala do Brasil e seus encontros com a terra, com as pessoas, com a família, com a política e com a literatura, mas também com o racismo, com a injustiça social e com a ditadura.
A travessia de um artista marcado pelas amizades e grandes parcerias nos serve de tema educativo, por entendermos que a cada dia torna-se mais necessário perceber o quanto é fundamental estabelecer parcerias com os que nos rodeiam e fazem parte de nossa história.
Projeto: Sarau Literário
Projeto: Sarau Literário

MENSAGEM *** Ser Professor

Oração da Escola

MENSAGEM *** O VALOR DE SER EDUCADOR

MOTIVAÇÃO PARA PROFESSORES ( VIDEO ADAPTADO)

Principais Fundamentos da Educação Infantil

AULA FORA


Publico alvo: 3º ano  (crianças de 08  anos)

Tema da aula: Conhecendo o bairro.

Objetivos:
Ø  Incentivar a criança a conhecer o bairro onde mora, conhecer o seu endereço.
Ø  Analisar  as paisagens do bairro
Ø  Perceber o bairro como uma parte da cidade.

 Tempo necessário: 04 aulas.

1º Momento

O professor (a) faz um levantamento com as crianças dos bairros onde elas moram, inicia uma conversa questionando:
Qual é o nome da rua e do bairro em que você mora? 
Qual é o número da sua casa? E da casa do seu vizinho (lado esquerdo, direito e da frente)? 
Como é o bairro em que você mora? 
Você costuma passear pelo seu bairro?
O que tem no bairro (casas, supermercados ou mercadinhos, farmácias, lojas, restaurantes ou lanchonetes, escolas, praças, posto de saúde)?    

Professor:
ü  Deverá anotar as informações, que os alunos estão descrevendo;
ü  Analisar com as crianças as informações que anotou, fazendo o levantamento de quantas crianças mora no mesmo bairro.
ü  Em seguida, sugerir que cada criança desenhe o seu bairro.
 Para o desenho, o professor deverá orientar as crianças a tomarem como referência os lugares que conhecem e ficam próximos a sua rua/casa.
Exponha os desenhos.
Material necessário: papel sulfite, cartolina, lápis, giz de cera, lápis de cor, canetinha colorida.

2º momento: Professor leva os alunos para uma volta no bairro, alunos divididos em grupo, para observar e fotografar as paisagens, construções, comércios, arborização etc.
O professor deverá orientar a observação e deixar os alunos fotografar livremente.

Material necessário: caderno para anotação, máquina fotográfica

3º momento

ü  Socializar as informações colhidas;
ü  Propor a comparação a partir das informações e imagens que os alunos apresentarem, apontando as diferenças e semelhanças entre o bairro da escola e o bairro de residência.
ü  Depois as crianças fazem uma lista no caderno de elementos o que compõe  o bairro: casas, supermercados ou mercadinhos, farmácias, escolas, praças, posto de saúde, lojas, etc.

 

4º momento

 

ü  O professor deverá ajudar as crianças a localizar o bairro onde mora. Usando o mapa da cidade.
ü  Em seguida, orientar os alunos a confeccionar uma maquete representativa de um bairro a partir das informações pesquisadas.

Avaliação 

Debata sobre a experiência de conhecer o próprio bairro, comparando os elementos apontados na observação inicial.
Após o debate, dividir a turma em grupos, cada grupo de alunos deve escrever um texto caracterizando o bairro.
O professor lista com as crianças o que vai ter nesse bairro (casas, supermercados ou mercadinhos, farmácias, lojas, restaurantes ou lanchonetes, escolas, praças, posto de saúde), divide as equipes e a parte do bairro que elas irão representar. Para fazer a maquete às crianças poderão usar: caixas de tamanhos diversos,  desenhos, imagens de lugares da cidade/bairro recortadas de revistas e jornais locais, miniatura de objetos, blocos de montar, palitos, papel crepom etc.

PROJETO


PROJETO: CHAPEUZINHO VERMELHO

JUSTIFICATIVA
O trabalho com contos clássicos torna a aula mais atrativa, dinâmica e mais próxima da realidade dos alunos.
Valoriza a língua como veículo de comunicação e expressão das pessoas e dos povos, abrangendo o desenvolvimento da linguagem, da leitura e da escrita.

OBJETIVOS:
-Recuperar as histórias da primeira infância;
-Preparar a criança para a aprendizagem da leitura e da escrita, de maneira lúdica e criativa;
-Trabalhar com a narração, com o corpo e a gesticulação, entonação e preparação do espaço a ser utilizado pelas crianças, ampliando os vários sentidos da narrativa;
-Garantir ainda uma relação mais afetiva entre professores e alunos e facilitar uma melhor integração no ambiente escolar;
-Refletir sobre os princípios éticos, morais e culturais apresentados no vídeo, interligando-os com a realidade atual, desenvolvendo a habilidade da argumentação;
-Produzir textos diversos coletivamente (narrativos, descritivos, bilhete, receitas, anúncios,);
-Explorar a linguagem oral e escrita.

MATERIAL
Fita de vídeo: Chapeuzinho Vermelho;
Televisão e vídeo;
CD da história Chapeuzinho Vermelho - Clássicos Inesquecíveis;
Diversos (sulfite, lápis de cor, giz de cera, cartolina,...).

DESENVOLVIMENTO
1) Apresentação do livro: capa, material, título, editora, ilustrações.
2) Ler a história toda e mostrar as figuras;
3) Ouvir o CD Clássicos Inesquecíveis;
4) Interpretação oral: os alunos contam a história, identifica os personagens, o tempo, o espaço que acontece a história (Onde? Quando?);
5)Contar diferentes obras de diversos autores fazendo a comparação.
6) Dramatização;
7) Atividades orais e/ou escritas tais como:
· Escrita de palavras com letras móveis
· Caça-personagens
· Cruzadinha
· Receita
· Seqüência com tarjas (música)
· Reescrita coletiva do texto
· Você já desobedeceu a sua mãe alguma vez? Se você nunca desobedeceu, conte alguma história de alguém que já tenha desobedecido.
· Escreva um bilhete para a mãe de Chapeuzinho avisando que a vovó não estava muito bem de saúde. (DIRIGIDA)

TEMAS TRANSVERSAIS
Ética: Diálogo, respeito mútuo, responsabilidade, cooperação, organização, solidariedade. Trabalho coletivo, compartilhar descobertas.
Pluralidade Cultural: Educação – Diferentes formas de transmissão de conhecimento: práticas educativas e educadores nas diferentes culturas; Cidadania: Direitos e deveres individuais e coletivos. Literatura e tradição: línguas, dialetos, variantes e variação lingüística.

HISTÓRIA – GEOGRAFIA – CIÊNCIAS
ATIVIDADES: (DIRIGIDAS, ILUSTRADAS E/OU ORALMENTE).
TEMA: FAMÍLIA, CASA, ANIMAIS, ALIMENTOS, ZONA RURAL E URBANA,...
1) Diga sim ou não nas características do lobo: (Oralmente)
feroz, mamífero, carnívoro, doméstico, quadrúpede, manso, herbívoro, corpo coberto de pêlos, selvagem, bípede.
2) O lobo é um animal quadrúpede, mamífero e tem o corpo coberto de pêlos. Escreva o nome de mais cinco animais que têm as mesmas características. 3) Qual é o tipo de alimentação dos lobos? (Oralmente)
4) De onde vem a água que os animais bebem? (Oralmente)
5) Escreva nomes de plantas que servem de alimentação para o homem. 6) Entre os doces que Chapeuzinho levou para a vovó tinha um bolo de milho. O milho é matéria-prima que serve de alimento para o homem e animais. Ele pode ser transformado em vários produtos industrializados. Diga o nome de alguns. (Oralmente)
7) Diga o nome de alguns produtos industrializados para cada matéria-prima. (Oralmente)
Leite, carne, tomate, couro, cana-de-açúcar8) Quais os cuidados que devemos ter com os animais? (Oralmente)
9) Você tem cachorro em casa? Quais os cuidados que você deve ter com ele? (Oralmente)
10) Como deve ser o local onde os animais vivem? (Oralmente)
11) Em que zona do município acontece a história do Chapeuzinho Vermelho? (Oralmente)
12) Em qual zona você mora? (Oralmente)
13) Qual zona do município é melhor morar? (Oralmente)
14) Quais os alimentos que utilizamos que vem do campo? (Oralmente)
15) Chapeuzinho Vermelho usou algum meio de transporte para visitar sua avó? (Oralmente)
16) Quando você vai visitar sua avó, qual o meio de transporte que você usa? (Oralmente)
17) Você obedece a sua avó? Como você trata seus avós? (Oralmente)
18) Desenhe os meios de transporte que você conhece: Terrestre Aquático Aéreo
19) Em qual estação do ano você acha que aconteceu a história? Por quê? (Oralmente)
20) Você sabe quais são as estações do ano? (Desenhe-as). 21) Vamos recordar onde moramos: (Oralmente)
Planeta, Continente, país, região, estado, capital, município,

MATEMÁTICA (DIRIGIDA)
1) A mãe de Chapeuzinho fez um bolo de milho para vovó. Ela usou 5 espigas de milho e outros ingredientes. Se ela fizesse dois bolos, quantas espigas usaria? (Desenhar as espigas de milho).
2) Chapeuzinho levou também brigadeiro. Para fazer brigadeiro precisa de uma lata de leite condensado. O preço da lata é R$ 2,00. Se ela fizesse o dobro de brigadeiro, quanto gastaria? (Representar o dinheiro através de cédulas ou moedas).
3) Se eu trouxesse 25 brigadeiros para distribuir entre os alunos, quantos brigadeiros cada aluno iria receber? (Desenhar o número de alunos e os doces. Depois ligar um ao outro).
PRODUTO FINAL: Confecção de livrinhos de receitas para o “Dia das Mães”

AVALIAÇÃO:
Os alunos serão avaliados no desempenho das habilidades e competências utilizadas nas atividades escritas e orais.

Chapeuzinho Vermelho

Era uma vez uma linda menina, que morava com sua mãe em uma bela casinha. Ela sempre usava uma capa com um chapeuzinho bem vermelho. Certo dia sua mãe pediu que ela fosse levar uma cestinha cheia de doces para sua vovó:
__ Chapeuzinho! Chapeuzinho! Vá levar essa cestinha de doce para a vovó, mas evite o caminho da floresta que é perigoso, vá pelo bosque e não fale com estranhos.
__ Está bem mamãe. Tchau. Chapeuzinho adorava sua avó, e saiu em disparada cantando de alegria:. “Pela estrada afora eu vou bem sozinha...”. Queria fazer uma surpresa para a vovó e começou a colher as flores que encontrava pelo caminho. A menina estava tão distraída com as flores quando deu de cara com o lobo mau. Ela não sabia que ele era o Lobo malvado, mas não se assustou e nem sentiu medo.
__ Bom Dia, Chapeuzinho Vermelho.
__ Bom Dia!
__ Aonde você está indo?
__ Vou visitar minha vovozinha, que está muito doente.
__ Por que você não vai pela floresta, que é bem mais perto?
__ Será que é mesmo? Minha mãe disse para eu ir pelo bosque.
__ Claro que é mais perto pela floresta, sua mãe está enganada.
__ Muito obrigada Senhor Lobo, tchau.
Enquanto Chapeuzinho seguia pelo caminho da floresta, o Lobo rapidamente seguiu pelo bosque, cantando e correndo: “ Eu sou o Lobo Mau, Lobo mau....”O Lobo chegou na casa da vovozinha e bateu na porta:
__ Tum, tum! Vovó, vovozinha?
__ Quem está aí?
__ Sou eu, Chapeuzinho Vermelho - disse o Lobo disfarçando a voz.
__ Entre minha netinha, a porta está aberta.O Lobo que era muito rápido, foi entrando e de uma só vez engoliu a vovozinha. Depois vestiu as roupas dela, e ficou esperando Chapeuzinho Vermelho. Chegando na casa da vovó:
__ Tum, tum! Vovó, vovozinha?
__ Entre querida.
__ Vovó! Por que suas orelhas estão tão grandes?
__ É pra te ouvir melhor.
__ Vovó! Para que esses olhos tão grandes?
__ É para te ver melhor.
__ Credo vovó, por que a senhora está com essa boca tão grande?
__ É para te comer!!!Dizendo isso, o Lobo começou a correr atrás de Chapeuzinho. Depois de algum tempo ele tropeçou e caiu no chão.Enquanto isso a menina se escondeu dentro de um velho armário.O Lobo resolveu dar uma cochilada e começou a roncar. Uns caçadores que passavam escutaram:
__ Que ronco esquisito é esse?
__ Pois é, também estou ouvindo.
__ Vamos ver o que é?
__ Ah! É o Lobo!
__ Será que ele comeu a vovó?
Ouvindo isso, Chapeuzinho apareceu e contou toda a história:
__ Senhores o Lobo me enganou, chegou aqui antes de mim e deve ter comido minha vovozinha. Ele queria me comer também.
__ Então, o que vamos fazer? – disse um caçador.
__ Vamos cortar a barriga dele.Aproveitando que ele está dormindo cortaram sua barriga, e tiraram a vovozinha de dentro. As duas se abraçaram muito felizes.
__ E agora o que faremos com esse malvado?
__ Vamos encher a barriga dele com pedras. – disse um dos caçadores. Quando o Lobo acordou, tentou fugir, mas ele caiu e nunca mais levantou.Todos ficaram aliviados e felizes. Os caçadores foram embora, e as duas foram sentar na varanda e saborear os doces.
__ Vovó, eu prometo nunca mais desobedecer minha mamãe.
__ Isso mesmo, os filhos não devem desobedecer suas mães, elas sempre querem o melhor para seus filhinhos.

MÚSICA

PELA ESTRADA A FORA, EU VOU BEM SOZINHA
LEVAR ESSES DOCES PARA A VOVOZINHA
ELA MORA LONGE, O CAMINHO É DESERTO
E O LOBO MAU PASSEIA AQUI POR PERTO
MAS À TARDINHA, AO SOL POENTE
JUNTO À MAMÃEZINHA DORMIREI CONTENTE.

ENTREVISTA


Telma Weisz. Foto: Daniel Aratangy
Entrevista com Telma Weisz sobre alfabetização inicial
Para especialista, o professor alfabetizador precisa apostar alto na capacidade de seus alunos.
TELMA WEISZ. Foto: Daniel Aratangy
Ela é a mais respeitada especialista em alfabetização do país. Em sua trajetória profissional, Telma Weisz viveu o conflito de ter trabalhado durante anos numa perspectiva mais tradicional, até ter contato com as ideias da psicogênese da língua escrita. "Aí fiquei furiosa comigo mesma", revela a educadora. Desde então, mudou seu olhar sobre os alunos, percebeu que não se pode subestimar a capacidade intelectual de nenhuma criança, aprofundou-se como ninguém no assunto e, dona de uma generosidade sem igual, dedicou-se a transformar a prática de milhares de professores alfabetizadores por meio do principal curso de formação em Alfabetização do Brasil, o Profa. Hoje, ela supervisiona a versão paulista do programa, o Ler e Escrever, da Secretaria Estadual da Educação. Nesta entrevista a NOVA ESCOLA, Telma abusa de exemplos cotidianos para mostrar equívocos, muitos deles cometidos no passado por ela mesma, que ocorrem na árdua tarefa de ensinar a ler e escrever. E, o mais importante, explica por que eles acontecem, com a autoridade de quem soube, por meio do conhecimento científico, refletir sobre a própria prática para melhorá-la.

NOVA ESCOLA: Ainda há professores que não transmitem informações às crianças por pensar que elas aprendem sozinhas? Qual é a origem dessa dificuldade?

Telma Weisz  Na verdade, isso tem a ver com a própria concepção de ensino. Antigamente, todos tinham a ideia de que ensinar era transmitir informações. Nos últimos 30 anos, quando começamos a descobrir que ensinar é criar condições e situações para a aprendizagem e quando os professores ouviram falar, sem aprofundamento, que as crianças constroem seu conhecimento, muitos acharam que bastava o contato com as letras e o material escrito para que o conhecimento aparecesse naturalmente, por geração espontânea. 
Não sei se ainda há quem pense assim. Eu espero que não, pois é um equívoco. O papel do professor é ser aquele que sabe mais dentro da classe e que valida a informação que circula. Em uma sala, todos estão em atividade intelectual, todos falam, todos elaboram ideias e constroem conhecimento. Não ao mesmo tempo - e esse é outro equívoco -, mas todos têm a oportunidade de expressar o que pensam. A validação deve acontecer, porque todos os saberes que estão sendo construídos são provisórios, elaborados por meio de um processo permanente de aproximação com o conhecimento objetivo.

A interpretação enviesada do construtivismo também tem a ver, em parte, com o fato de que a teoria da psicogênese foi popularizada no Brasil por um conjunto de vídeos de entrevistas com as crianças. O entrevistador, que no caso era eu, buscava tornar visíveis as hipóteses que elas formulam quando estão aprendendo a ler e a escrever. Como o objetivo era deixar que os professores vissem-nas pensando em voz alta, a intervenção era pequena. O que foi mal compreendido é que aquilo não era uma situação de ensino nem de pesquisa. Era uma tentativa de ilustrar o que estava no livro [Psicogênese da Língua Escrita, de Emilia Ferreiro e Ana Teberosky] e que não era de fácil compreensão. Esses mal-entendidos fizeram com que muitos tivessem dúvidas não só sobre informar ou não, mas sobre o que informar. E essa é uma questão delicada porque não há um guia de coisas permitidas ou proibidas. Depende das circunstâncias e daquilo que as crianças pensam em cada momento.


Como essas dúvidas se revelam na prática?

Telma Por exemplo, se você tem um aluno que está escrevendo uma letra para cada sílaba e ele pergunta "qual é o MI", você pode dar duas respostas. A primeira é: "MI é o M e o I". E a segunda: "O que você quer escrever?", ajudando-o a encontrar uma resposta que caiba na estrutura teórica com a qual ele está trabalhando. Se o menino já está escrevendo alfabeticamente, a situação é outra, mas também tem suas características. Certa vez, um outro me perguntou "Como se escreve lã?". E eu disse "L, A, til". Quando vi, ele havia escrito "balãsa". Dei uma informação errada, porque não tive o cuidado de perguntar "para escrever o quê?". Há uma quantidade enorme de informações que cabe ao professor oferecer, mas é preciso ter condições e critérios para saber quais estudantes podem aproveitá-las. Isso só se consegue fazendo avaliação constante da classe.

Há muitos anos, em um trabalho de pesquisa, observei uma menina que estava repetindo a 1ª série havia cinco anos. A professora, naquele dia, apresentava à classe o alfabeto (para aquela aluna, pela primeira vez). A garota teve uma crise descontrolada de choro e, quando se acalmou, disse "eu sempre saio da escola no meio do ano porque não consigo aprender as letras. Mas eu não sabia que eram tão poucas. Se eu soubesse, não teria ficado tanto tempo aqui até aprender." É uma informação simples, mas se não é dita, como ela vai saber? Outro exemplo: uma criança pergunta "cozinha é com S ou com Z?" O que você faz? Diz a ela "pense para descobrir?" Não tem como pensar para descobrir. Você tem duas alternativas: mandá-la ao dicionário, o que, em determinadas circunstâncias, é uma perda de tempo, ou aproveitar a situação para explicar que é com Z, mas que, muitas vezes, o mesmo som pode ser com S, ainda que entre vogais. Assim, é introduzida uma série de informações que nem todos talvez possam utilizar, dependendo das condições do grupo. Mas, de qualquer maneira, se isso não vier do professor, de onde virá?


Fala, Mestre! Palavra de quem entende de Educação – Revista Nova Escola - http://revistaescola.abril.com.br,                                                                   por Luiza Andrade (novaescola@atleitor.com.br)

AULA FORA


Aula- fora
Parque Ecológico do Jaraguá
Pico do Jaraguá

O Parque Ecológico do Jaraguá, é um ótimo lugar para caminhar, fazer piquenique, explorar a natureza, respirar ar puro.

E é também um local que podemos levar nossos alunos para passar uma aula diferente de biologia, ciências, geografia etc., com a vivência dos alunos neste parque, poderemos trabalhar em sala de aula de forma interdicipliar.

PROJETO

Projeto: Feira De Ciências

Feira de Ciências sobre água

Objetivos - Reconhecer características da água.
- Associar o uso da água a algumas de suas características.
- Perceber a interferência do homem no meio ambiente.

Conteúdos
- Características e propriedades da água.
- Distribuição da água no planeta.
- Utilização da água pelo homem.

Anos 3º ao 5º.

Tempo estimado Dois meses.

Material necessário Água, copo de papel, folha de papel, vela, fósforo, recipiente plástico, giz, suco em pó ou corante, garrafa PET, açúcar, sal e detergente.

Flexibilização Para trabalhar esta sequência com alunos com deficiência auditiva (com compreensão inicial de Libras e em processo de alfabetização), na primeira etapa, oriente-os individualmente, explicando em detalhes como será cada etapa da atividade. Ao falar para o grupo, dirija-se ao aluno com deficiência e estimule sua leitura orofacial.
Na segunda etapa, amplie o repertório do aluno sobre o tema, encaminhando leituras e atividades junto ao AEE ou como lição de casa.
Na terceira etapa, estimule a participação do aluno com deficiência fazendo perguntas dirigidas apenas a ele e peça que socialize suas ideias com o grupo.
Na avaliação, combine antecipadamente com o aluno como será sua participação na Feira de Ciências. Caso sua comunicação com o público seja limitada, ele pode se sentir mais representado pelos registros em cartazes ou vídeos feitos com o grupo.

Desenvolvimento 1ª etapa Informe aos alunos que eles farão um trabalho para ser apresentado numa feira de Ciências sobre o tema "Água". Divida a turma em grupos com, no máximo, cinco integrantes, e avise que todos estudarão vários aspectos ligados ao assunto. É importante lembrá-los de que o evento será investigativo. Caberá aos estudantes envolvidos no projeto, portanto, fazer a mediação com os visitantes da feira durante o processo de construção de alguns conhecimentos.

2ª etapa Para dar início à preparação da feira, deixe que os alunos observem você colocar um pedaço de papel na chama de uma vela para que ele pegue fogo. Em seguida, trabalhe as seguintes questões: 1) Por que, ao ser posto no fogo por alguns instantes, um copo de papel com água não pega fogo? A água do copo esquenta? Você pode fazer uma demonstração dobrando uma folha de papel em forma de cone e colocando dentro dele um pouco de água. Depois, aproxime-o da chama da vela. As crianças perceberão que, dessa vez, o papel não pega fogo, pois a água é capaz de absorver a maior parte do calor. Peça sugestões de outros casos em que a capacidade térmica da água seja evidenciada. Exemplo: quando entramos no mar ou em uma piscina à noite e sentimos que a água está quente (essa sensação se deve justamente ao fato de a água ter passado o dia inteiro absorvendo calor); 2) Por que a água é considerada um solvente universal? Os estudantes podem fazer misturas de água com sal, açúcar e detergente para notar que todas essas substâncias se dissolvem; 3) Por que, quando molhamos a barra da calça na chuva, ela acaba ficando úmida até quase a altura dos joelhos? Para explicar esse fenômeno, chamado capilaridade, proponha experimentos como os seguintes: em um recipiente, coloque um pouco de água e adicione corante ou suco em pó. Depois, peça que os alunos mergulhem a ponta de um giz branco no líquido. Eles verão que a parte colorida "subirá" além do ponto em que o giz foi mergulhado. O mesmo pode ser observado ao mergulhar em um recipiente a ponta de uma toalha de banho; 4) Por que alguns insetos são capazes de "andar" na superfície da água? Esse é o gancho para abordar outra propriedade importante da água: a tensão superficial. Faça uma investigação sobre o tema com a turma; 5) A água disponível na natureza vai acabar um dia? Para discutir o assunto, leve para a sala uma garrafa PET e monte um modelo de escala da água do planeta. Se toda ela coubesse numa garrafa de 2 litros, quanto desse total seria doce? Resposta: apenas três ou quatro colheres de sopa. Quanto dessa água doce está em forma líquida e disponível para consumo? Resposta: aproximadamente três gotas. Durante a atividade, faça perguntas sobre a utilização desse recurso natural pelo homem e as possíveis consequências do uso inconsciente.

3ª etapa É hora de a garotada elaborar a problematização que será desenvolvida junto aos visitantes da feira de Ciências. Explique que ela deve estar relacionada aos seguintes conteúdos: 1) Características e propriedades da água; 2) Distribuição da água no planeta; 3) Utilização da água pelo homem. Garanta que, durante as aulas, os estudantes tenham contato com esses conteúdos. É fundamental que eles pesquisem, façam experimentos e escrevam sobre os três temas.

4ª etapa
Explique à turma que a feira de Ciências que vocês pretendem organizar só será investigativa se os visitantes participarem das atividades. Dê alguns exemplos de como isso pode ser conseguido. Uma estratégia é propor aos estudantes que trabalhem em grupo para solucionar um problema, deixando claro que os questionamentos apresentados por você durante as aulas de preparação para a feira podem ser repetidos com os visitantes. Avise que você estará por perto o tempo todo para ajudar. Produto final Feira de Ciências.

Avaliação Avalie a participação de cada aluno e verifique se os objetivos de aprendizagem foram atingidos. Uma breve apresentação do trabalho em sala de aula, antes da feira, pode ser um bom momento de avaliação.
 Consultoria: Carolina Luvizoto
Formadora de professores da Sangari Brasil, em São Paulo

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http://revistaescola.abril.com.br/ciencias/pratica-pedagogica/feira-ciencias-agua-623199.shtml


http://youtu.be/ASRoH2kDB5U

ENTREVISTA


Emilia Ferreiro: ''O momento atual é interessante porque põe a escola em crise''
Segundo Emilia Ferreiro, as mudanças tecnológicas e sociais trouxeram maiores exigências ao trabalho de alfabetização.
EMÍLIA FERREIRO. foto: Rogério Albuquerque
EMÍLIA FERREIRO  "As primeiras tentativas já não são vistas como rabiscos, mas uma espécie de escrita"
Leia abaixo a entrevista concedida pela psicolinguista argentina Emilia Ferreiro a NOVA ESCOLA em outubro de 2006. Emilia esteve em São Paulo para participar da 1ª Semana Victor Civita de Educação.
Aqui ela avalia as mudanças ocorridas nas práticas de leitura e escrita nas últimas décadas, como consequência sobretudo das inovações tecnológicas no campo da informática.

Como se alteraram as concepções de alfabetização nestes quase 30 anos desde que foi publicado seu livro Psicogênese da Língua Escrita?
EMILIA FERREIRO  Mudou a concepção social do alfabetizado. O que se requer de uma pessoa alfabetizada hoje em dia é bem diferente do que em meados do século 20. Não é mais suficiente saber assinar o nome e conseguir ler instruções simples, como era na época da Segunda Guerra Mundial. Do ponto de vista dos usos sociais da escrita no mundo contemporâneo, temos uma complexidade cada vez maior. As circunstâncias de uso de leitura se tornaram muito frequentes e variadas. O que não mudou é o tipo de esforço cognitivo exigido por esse sistema de marcas que a sociedade apresenta em espaços muito variados e a instituição escolar é obrigada a transmitir. O problema da relação entre essas marcas escritas e a língua oral continua sendo um mistério total nos primeiros momentos da alfabetização.

E quanto ao ensino? 
EMILIA  Uma mudança positiva é que já não se consideram as produções das crianças de 4 ou 5 anos como tentativas erradas ou rabiscos, a exemplo do que se dizia antigamente, mas sim como uma espécie de escrita. Parece-me que agora há uma atitude positiva, como sempre houve em relação aos primeiros desenhos. Outro avanço tem a ver com não se assustar quando crianças pequenas querem escrever. Antes elas eram desestimuladas porque se achava que não "estavam na idade". Também se reconhece a importância de ler em voz alta para elas desde muito cedo. Já se sabe que existe uma diferença grande entre ler e contar uma história. Há um pequeno avanço - não tanto quanto deveria haver - na prática de ler textos distintos e na valorização da biblioteca de sala de aula. A simples atividade de ordenar os livros com as crianças, usando critérios múltiplos, já as aproxima muito da leitura e enriquece a escrita.

As coisas estão melhorando, então?
EMILIA  Evidentemente estou dando uma visão muito positiva. Sei que há um grande número de professores tradicionais que não mudaram nada e continuam usando cartilhas dos anos 1920 e 1930. A instituição escolar é muito conservadora, muda com dificuldade. O importante é ter consciência de que ela não está definida para sempre. O que ocorre fora a afeta e ela não pode fechar os olhos. Este é um momento interessante pelo avanço tecnológico, que põe a escola um pouco em crise. Existem coisas que poderiam ter constituído avanço, porém foram muito mal compreendidas, como acreditar que os níveis de conceitualização da leitura pela criança mudam por si mesmas e que não é preciso ensinar, apenas deixar que ela construa seu conhecimento sozinha.

As novas tecnologias trouxeram mudanças importantes?
EMILIA  Sim, se aceitarmos que o conceito de alfabetização não é fixo, mas uma construção histórica que muda conforme se alteram as exigências sociais e as tecnologias de produção de texto. Os novos meios entram não somente na vida profissional, mas no cotidiano pessoal. Permitem ler e produzir textos e também fazê-los circular de maneira absolutamente inédita. No ano passado a Western Union, empresa que tinha o monopólio dos telegramas nos Estados Unidos, anunciou em sua página da internet que estava extinguindo esse serviço. Os telegramas tiveram muita importância no século 20, anunciando contratações, demissões, nascimentos e mortes - agora simplesmente não existem mais. Vemos então a desaparição de certos gêneros e a aparição de outros. O texto de email, por exemplo, não tem regras definidas. Não é como uma carta formal: podemos dizer se ela está bem escrita ou não, porque há um paradigma claro para isso. Quanto ao correio eletrônico, não. Algumas pessoas começam tradicionalmente, escrevendo "querido fulano", dois pontos, e continuam abaixo. Como se fosse uma carta formal. Muitos começam com "olá" ou mesmo sem nenhuma introdução - vai-se diretamente para o texto da mensagem. Tampouco se sabe como terminar. Alguns põem o nome; outros não, porque já está escrito no cabeçalho. É uma espécie de escrita selvagem. Não está normatizada e se prolifera. É difícil dizer se acabará constituindo um estilo.

O que significa, então, estar alfabetizado hoje?
Emilia Ferreiro: É poder transitar com eficiência e sem temor numa intrincada trama de práticas sociais ligadas à escrita. Ou seja, trata-se de produzir textos nos suportes que a cultura define como adequados para as diferentes práticas, interpretar textos de variados graus de dificuldade em virtude de propósitos igualmente variados, buscar e obter diversos tipos de dados em papel ou tela e também, não se pode esquecer, apreciar a beleza e a inteligência de um certo modo de composição, de um certo ordenamento peculiar das palavras que encerra a beleza da obra literária. Se algo parecido com isso é estar alfabetizado hoje em dia, fica claro por que tem sido tão difícil. Não é uma tarefa para se cumprir em um ano, mas ao longo da escolaridade. Quanto mais cedo começar, melhor.

E possível dizer quando termina?
EMILIA  Difícil... Eu tenho duas classes de pós-graduação e continuo alfabetizando meus alunos, porque é a primeira vez que enfrentam um certo tipo de texto que apenas a literatura especializada produz e é difícil de ler. Além disso, eles têm de escrever um objeto denominado tese, que também não é fácil de escrever, primeiro porque é algo que se produz apenas uma ou duas vezes na vida e nunca mais; segundo porque é uma combinação de texto descritivo e argumentativo, com características próprias. Ler fazendo uma pesquisa na internet é um modo particular de ler, tirando informações e tomando decisões rapidamente. Os tempos de utilização da internet podem ser prolongados, mas o mais comum é que se faça um uso ágil. Não é o mesmo que entrar numa biblioteca. A quantidade de erros de ortografia que se registram nos emails é enorme. Isso porque a utilização é muito rápida e não costuma exigir correção. Escreve-se e manda-se. Se for necessário dizer mais alguma coisa, manda-se outro.

No Brasil, os adolescentes criaram todo um código para se comunicar pela internet. 
EMILIA  
Isso acontece em toda parte; é um fenômeno muito generalizado. Uma vez mais, não sabemos se é uma tendência importante ou se passará sem deixar marcas. O certo é que eles estão fazendo com a escrita um jogo muito divertido. É uma transgressão, mas para isso é preciso conhecer alguma coisa da escrita. Porque afinal alguém tem que receber essa mensagem e ler, ou seja, é preciso dar pistas para ser entendido. Um dado curioso é que o uso generalizado da letra K nesse tipo de mensagem parece quase obrigatório. Acontece também em espanhol, no qual o K é tão raro quanto em português. E também é um recurso das crianças nas fases iniciais da alfabetização. A letra K sempre tem o mesmo som, enquanto a letra C não é confiável, tem muitos sons diferentes. Então as crianças ficam mais seguras usando o K.

O e-mail incentiva a prática da escrita?
EMILIA  Acho que sim. Talvez não se leiam tantos livros atualmente, mas há mais ocasiões de praticar a leitura e a escrita do que antes. Quando são feitas pesquisas acerca do comportamento leitor de uma população, a pergunta inevitável é: "Quantos livros leu no último ano?" Os resultados na América Latina costumam ser lamentáveis, mas não se pode tirar imediatamente a conclusão de que, no geral, se lê menos. Certamente a leitura de um livro e do resultado de uma partida de futebol numa página da web não são equivalentes em termos de esforço leitor; são práticas muito diferentes.

Isso pode levar a um maior interesse pela leitura em geral, que acabe se refletindo na leitura de livros?
EMILIA  Talvez, mas seguramente não há uma relação de causa e efeito. Na medida em que alguém pratica mais, torna-se mais competente e quem sabe possa atrever-se a outros gêneros, suportes e obras frente aos quais antes tinha uma atitude de rechaço ou temor. O que é importante distinguir é que sob o verbo ler estamos agrupando muitos tipos de leitura e o mesmo vale para o verbo escrever. Pelo lado de quem lê ou escreve, há diversidade de propósitos, de circunstâncias, de tempo de organização. E pelo lado daquilo que se lê e se escreve - ou seja, os gêneros - também há diversidade e deve-se incluir agora os emails, os chats etc. Por isso é tão ambíguo o discurso sobre a introdução das tecnologias no âmbito escolar. O professor não sabe bem o que fazer com ele. Então inventou-se a sala de informática, freqüentada apenas em horários determinados. É uma maneira de não incluir o computador na atividade cotidiana. A introdução dos computadores na escola é mais uma manobra econômica do que uma necessidade pedagógica sentida como tal.

Muitas escolas têm computadores não conectados à internet. Costuma-se dizer que não servem para nada.
EMILIA  Ao contrário, são muito úteis. A escola sempre trabalhou mal a revisão de texto e os alunos sempre odiaram fazê-la, porque num texto à mão as correções deixam um aspecto horrível. E é preciso passar a limpo, voltar a escrever tudo. Com um processador de texto, a revisão se torna um jogo: experimentamos suprimir trechos ou mudá-los de lugar, com a possibilidade de desfazer se não ficar bom. Depois de muitíssimas intervenções, o que temos na tela é um texto limpo, pronto para ser impresso. A revisão é fundamental para
que as crianças assumam a responsabilidade pela correção e clareza do que escrevem. E com o processador de texto elas podem trabalhar também com uma coisa que nunca trabalharam, o formato: largura das linhas, mudanças tipográficas, sublinhamento, manipulação do tamanho das letras etc.

Os computadores podem ser mais um estímulo para a alfabetização?
EMILIA  Nos lugares em que as crianças têm computadores em casa, o fato de haver na escola não fascina muito, embora elas possam descobrir novos usos ao trabalhar em grupos na sala de aula. Mas nas camadas mais desfavorecidas da população os computadores possuem mais atrativos, porque todos sabem que é um objeto muito valorizado socialmente e tem múltiplos usos possíveis. O problema é que os computadores necessitam de suporte técnico e, quando são instalados na escola, ninguém se lembra disso. Portanto, muitas vezes as máquinas estão lá, só que inutilizadas.


Fala, Mestre! Palavra de quem entende de Educação  Revista Nova Escola - http://revistaescola.abril.com.br,                                                                                   por Márcio Ferrari (novaescola@atleitor.com.br)