Vantagens e Desvantagem
do Ensino Fundamental de Nove Anos
Érica Cristina
Firmino Marcondes Noélia Mendes dos
Anjos Silva
Clécia Nascimento
Souza Simone Barbisan
Balioni Natalice
Campos
Resumo
Neste texto, especificamente, comenta-se sobre as vantagens e
desvantagens do Ensino Fundamental de nove anos, qual a importância e
responsabilidade da escola, dos pais e professores, perante o próprio sistema
educacional.
Palavras chave: ensino fundamental, criança, educação infantil,
dificuldade, mudança,
Lei nº 10. 172, de 9 de janeiro de 2001 - Aprovou o
Plano Nacional de Educação(PNE) • O Ensino Fundamental de 9 anos se tornou meta
progressiva da educação nacional.
A proposta do
Ministério da Educação (MEC) é assegurar que todas as crianças passem mais
tempo no ambiente escolar e proporcionar uma educação de qualidade. A partir dos
06 anos a criança começa então no 1º ano, e, ao término do 9º ano o aluno
estará com 14 anos. Uma das ideias dessa proposta é diminuir os índices de
evasão escolar e repetência.
O ensino Fundamental com duração de nove anos foi
introduzido no contexto educacional brasileiro, em termos de legislação
educacional, em dois momentos relativamente próximos, porém distintos.
Inicialmente, por meio da Lei nº 11.114, de 16 de Maio de 2005, modificando o
art. 6º da Lei nº 9.394/96 (Lei de Diretrizes e Base da Educação Nacional –
LDB), determinado que fosse diminuída de sete para seis anos a idade mínima da
criança para o ingresso no ensino fundamenta e mantendo o dever dos pais ou
responsáveis de efetuar a matricula das crianças dessa idade. Nove meses depois
foi sancionada a Lei nº 11.274, de 6 de fevereiro de 2006, determinando que o
ensino Fundamental no Brasil passasse a ter duração de nove anos (
BRANDÃO,p.17).
A ampliação do
período da escolaridade obrigatória, que assegura o acesso da criança de seis
anos de idade ao ensino fundamental, além de viabilizar um tempo maior de
convívio escolar, pretende desenvolver e qualificar suas oportunidades de
aprendizagem. Esta ampliação requer uma organização maior e criteriosa nos
currículos, na proposta pedagógica, no material didático e nos recursos, uma
vez que a faixa etária dessas crianças exige uma didática diferenciada,
respeitando suas especificidades.
Podemos
considerar uma desvantagem se compararmos que o Ensino Fundamental é
metodológico, a obediência e o silencio são meios considerados fundamentais para
o desenvolvimento do trabalho, e a disposição das carteiras, em que a criança,
senta atrás da outra. O ritmo é bem diferente de Educação Infantil. A questão é
que simplesmente arriscar em colocar uma criança de seis anos no Ensino
Fundamental, nessas condições é expô-la, ainda mais cedo ao fracasso escolar.
...quando a expressão lúdica da criança é mediada de
maneira a intervir no seu processo ensino aprendizagem, essa expressão pode
garantir seu direito a uma educação que respeite seu processo de construção do
pensamento, permitindo- lhe a vivencia nas linguagens expressivas do jogo como
instrumento simbólico da leitura e da escrita de mundo. Assim, a utilização do
lúdico como recurso pedagógico, apoiado nas dimensões reflexiva e estética da
construção do conhecimento infantil, possibilita ao educador a melhoria do trabalho
pedagógico em sala de aula (RAU,2011,p.100).
A
criança de seis anos aprende por meio da fantasia, da imaginação, das brincadeiras,
dos jogos, de forma lúdica. A criança não deveria entrar para o sistema do Ensino
Fundamental sem que isso fosse levado em conta. Pensando nessas questões fica a
dúvida, se essa ideia não vai acabar trazendo mais prejuízo para a qualidade do
ensino.
O
problema não está na quantidade de anos, mas na qualidade dos mesmos. Seria
necessária uma ampla reestruturação na forma de ensino e na qualificação dos
professores. Enquanto continuarmos tratando todos "como iguais", num
contexto que todos são muito diferentes estaremos cometendo os mesmos erros,
independente da quantidade de anos. De tal maneira seria adequado classes com
menos alunos e que tivessem todos praticamente o mesmo "nível"
intelectual para que pudessem aproveitar melhor o que é ensinado. Na Educação
Infantil, mesmo a criança estando no processo de aprendizagem, ela não é
obrigada a aprender a ler e escrever, mas, com a entrada no Ensino Fundamental,
ela terá mais atividades que irá sobrecarrega-la, com obrigações que ainda não
é para sua faixa etária. Com tanta cobrança à criança de seis anos, poderá vir
a sentir desmotivada ou fracassada e perder a vontade de aprender, não se pode
exigir da criança de seis anos uma conduta semelhante ao de uma criança de sete
anos completos.
É preciso que haja, de forma criteriosa, com base em
estudos, debates e entendimentos no âmbito de cada sistema de ensino, a
reelaboração da Proposta Pedagógica das secretarias de Educação e dos Projetos
Pedagógicos das escolas de modo a assegurar que a matrícula das crianças de
seis anos de idade na instituição escolar permita o pleno desenvolvimento no
aspecto físico, psicológico, intelectual, social e cognitivo, com vista a alcançar
os objetivos do Ensino Fundamental. Agora com duração de nove anos (BRANDÃO,p.32).
Essa mudança
afeta diretamente as crianças, então é preciso cuidado por parte dos
educadores, elas precisam de mais tempo brincar, desenhar, cantar músicas,
interagir com o outro, ir ao parque, ouvir histórias, e isso, deve ser levado
em conta ao ser ingressado no Ensino Fundamental. Ainda há muito que planejar e
estudar para que, com esta medida, se melhorem as condições de igualdade e de
qualidade da educação.
Referências
bibliográficas
RAU, Maria
Cristina Trois Dorneles. A Ludicidade na Educação: uma atitude pedagógica -2.ed.rev.,atual.
e ampl.- Curitiba: Ibpex, 2011.
BRANDÃO, Carlos da Fonseca Paschoal,
Jaqueline Delgado (organizadores). Ensino fundamental de nove anos: teoria e
prática na sala de aula. São Paulo: Avercamp, 2009.
Muito bom o conteúdo.
ResponderExcluirExcelente!!
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